Dias vazios...
Voltámos aos dias vazios. Dias em que me sinto completamente inútil.
Olho para tudo mas especialmente para nada.
Olhar perdido…
Voltámos aos dias em que nas viagens de autocarro tiro uma folha solta e um lápis e começo a escrever o que vejo ate chegar a casa.
Reparo na senhora de calças amarelas.
No avô que passeia o neto que se lambuza com um gelado.
Nas crianças curiosas.
Nas pessoas que passam a correr.
No homem que espreita os jornais.
Na criança pobre e suja que pede na rua.
Nas raparigas que conversam.
Na velhota de azul com um ar cansado.
No rapaz bonito que acaba de entrar no autocarro.
Nas pessoas que tentam ler o que escrevo.
No rapaz de olhos azuis encostado ao caixote do lixo.
Na mulher de mochila que caminha na poeira na berma da estrada.
Nas pessoas agarradas ao telemóvel.
No casal de namorados de mãos dadas.
Nas pessoas sozinhas que caminham.
Nas velhotas de cabelo pintado.
Nas meninas da escola que se riem sem preocupação.
No homem sentado no degrau das escadas.
Na rapariga gorda de olhar vago.
Na brasileira que segura uma rosa azul.
Nas raparigas muito bonitas.
Na rapariga vestida de amarelo com óculos cor-de-rosa.
Nos que caminham com destino e os que caminham sem destino.
Nas pessoas que me olham só porque escrevo.
Nos homens sujos que me sujam só com os olhos.
Nas velhas loiras.
Nas mulheres de lábios pintados.
Será que alguém também repara em mim? Não. Claro que não. Sou sempre mais uma entre tantos.
Aquele meu primeiro sonho, jaz agora por terra. Vou tentar levantá-lo do chão e lê-lo em silêncio.
Hoje ganhei um sorriso imbecil, os meus olhos pedem sono, o corpo descanso e o meu coração pede tréguas.
Olho para tudo mas especialmente para nada.
Olhar perdido…
Voltámos aos dias em que nas viagens de autocarro tiro uma folha solta e um lápis e começo a escrever o que vejo ate chegar a casa.
Reparo na senhora de calças amarelas.
No avô que passeia o neto que se lambuza com um gelado.
Nas crianças curiosas.
Nas pessoas que passam a correr.
No homem que espreita os jornais.
Na criança pobre e suja que pede na rua.
Nas raparigas que conversam.
Na velhota de azul com um ar cansado.
No rapaz bonito que acaba de entrar no autocarro.
Nas pessoas que tentam ler o que escrevo.
No rapaz de olhos azuis encostado ao caixote do lixo.
Na mulher de mochila que caminha na poeira na berma da estrada.
Nas pessoas agarradas ao telemóvel.
No casal de namorados de mãos dadas.
Nas pessoas sozinhas que caminham.
Nas velhotas de cabelo pintado.
Nas meninas da escola que se riem sem preocupação.
No homem sentado no degrau das escadas.
Na rapariga gorda de olhar vago.
Na brasileira que segura uma rosa azul.
Nas raparigas muito bonitas.
Na rapariga vestida de amarelo com óculos cor-de-rosa.
Nos que caminham com destino e os que caminham sem destino.
Nas pessoas que me olham só porque escrevo.
Nos homens sujos que me sujam só com os olhos.
Nas velhas loiras.
Nas mulheres de lábios pintados.
Será que alguém também repara em mim? Não. Claro que não. Sou sempre mais uma entre tantos.
Aquele meu primeiro sonho, jaz agora por terra. Vou tentar levantá-lo do chão e lê-lo em silêncio.
Hoje ganhei um sorriso imbecil, os meus olhos pedem sono, o corpo descanso e o meu coração pede tréguas.
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