Um dia ganhei asas...
Um dia ganhei asas e voei…
Soltando a vida que em mim vivia.
Enterrei mil passados, acreditando que o amanha ainda era possível.
Um dia ganhei asas e voei…
Porque chegaste devagarinho e te fostes aninhando em mim…
E eu toquei-te de mansinho e deixei-te permanecer…
Um dia ganhei asas e voei…
Mas estas asas já me queimavam as costas…
A dor de quem sentia que te dissipavas ao longe…
Um dia ganhei asas e voei…
Com asas que me rasgavam a pele…
A dor de quem voa sozinho…
Hoje deste-me asas e voei…
Mas caí nos vazios que nos preenchem…
Perdi as minhas asas e com elas o meu sorriso.
Vives aqui escondido, abafado por entre as mãos com que aperto o coração.
Ainda te sinto aqui quando oiço o piano que toca sozinho.
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