"Quando os meus olhos te tocaram..."
Sabia que um dia te ia encontrar no meio da multidão...esta alma que tantas vezes pintei num corpo e num rosto incerto.
Sabia que iria reconhecer-te, pelo acto irreflexivo que me levou a mão ao peito, pela forma como me invadias a alma e o pensamento.
Não sei se notaste o meu olhar que quase te beijava e o meu sorriso envergonhado. Não sei se soubeste compreender todos os meus silêncios.
Dei por mim a interrogar-me sobre ti. Não que fosses excepcionalmente bonito, harmonioso. Talvez um pouco disso, mas tinhas aquele algo de extraordinário.
Olhei te nos olhos por breves instantes, fitei o teu rosto, tentando ver nas linhas que o compõem este amor desmedido.
Sentia o meu corpo que me prendia, a intensa necessidade de que me ouvisses mesmo no meu silencio. Queria tanto ter vencido todos os meus limites e ter tido a coragem de te abordar, mesmo que parecesse ousado. Mas o medo foi maior, era de uma imensidão que não conseguia agarrar e deixei-te ir embora, tão fugazmente como te vi chegar.
Não sei quem és, para onde foste e nem sei o teu nome. Não sei se um dia te vou encontrar outra vez perdido no meio da multidão, ou se vou guardar esta única imagem comigo para sempre, aprisionando-te no tempo. Não sei se reparaste em mim, não sei muita coisa...mas sei que vou revirar do avesso este pedaço te terra até te encontrar.
“Quando os meus olhos te tocaram
Sabia que iria reconhecer-te, pelo acto irreflexivo que me levou a mão ao peito, pela forma como me invadias a alma e o pensamento.
Não sei se notaste o meu olhar que quase te beijava e o meu sorriso envergonhado. Não sei se soubeste compreender todos os meus silêncios.
Dei por mim a interrogar-me sobre ti. Não que fosses excepcionalmente bonito, harmonioso. Talvez um pouco disso, mas tinhas aquele algo de extraordinário.
Olhei te nos olhos por breves instantes, fitei o teu rosto, tentando ver nas linhas que o compõem este amor desmedido.
Sentia o meu corpo que me prendia, a intensa necessidade de que me ouvisses mesmo no meu silencio. Queria tanto ter vencido todos os meus limites e ter tido a coragem de te abordar, mesmo que parecesse ousado. Mas o medo foi maior, era de uma imensidão que não conseguia agarrar e deixei-te ir embora, tão fugazmente como te vi chegar.
Não sei quem és, para onde foste e nem sei o teu nome. Não sei se um dia te vou encontrar outra vez perdido no meio da multidão, ou se vou guardar esta única imagem comigo para sempre, aprisionando-te no tempo. Não sei se reparaste em mim, não sei muita coisa...mas sei que vou revirar do avesso este pedaço te terra até te encontrar.
“Quando os meus olhos te tocaram
Eu senti que encontrara
A outra metade de mimTive medo de acordar
Como se vivesse um sonho
Que não pensei em realizar…”
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