Wednesday, January 04, 2006

Por inteiro...

Um dia disseste que éramos muito diferentes…Eu aceitei, apesar de por vezes achar que estavas errado.
De qualquer maneira espero que não acredites que o amor se faz com as metades e que as pessoas se completam assim…Porque eu não te quero dar a minha metade…eu sem a minha metade não sou eu, não sou nada…eu quero me dar por INTEIRO. E também não quero a tua metade, quero-te por INTEIRO…sim desejo-te…ao fim de tanto tempo, começo a desejar-te…sim, sim, dessa maneira…mas não só…


Nem sempre é fácil...

Ela sorria cada vez que se lembrava dele…
Como às vezes queria aprisionar momentos no tempo…
Falava em como gostava dele, nos pequenos gestos, que na verdade não significavam nada, mas para ela significavam tudo. Contentava-se com tão pouco...mas era um pouco que em momentos a fazia feliz. Por vezes eu sentia inveja por não conseguir amar assim, amar sem egoísmo, simplesmente gostar de alguem, sem pedir nada em troca...Mas por vezes tentava mostrar-lhe que estava a arriscar muito...que ia doer muito mais quando se apercebesse que só uma das partes é que estava disposta a amar...mas sabem como é "gente" apaixonada....não ouvem nada, não querem ver nada...

“ – E vais viver assim? Mendigando o amor? Vivendo de momentos que só existem para ti?”

E pairou o silêncio…
Na verdade ainda procuro a resposta…

E no silêncio, disse baixinho: “Antes aproveitar os momentos, do que não o ter de maneira nenhuma……”


“ – O que é que isso interessa? Não sentes o calor, o beijo, o toque. Tu gostas tanto, tanto, sufoca te por vezes… .No entanto, onde é que isso te levou? A lado nenhum, continuas sozinha.
Do que vale gostar tanto, se não és correspondida?

“ – Tens razão… às vezes a vida é mesmo puta…”

O resto da noite ficou a pensar em como seria o calor dele…o beijo…o abraço…e por aí adiante matando-se mais um pouco.

Sunday, January 01, 2006

Amor desinteressado...


Sabes, hoje parei para reflectir sobre quando me dizem que não vale a pena perder tempo com quem não nos ama, o habitual e tão difícil de conseguir: “Parte para outra…”. Parece-me que não estou completamente de acordo. Eu sei que não há vários tipos de amor, que o amor é sempre o amor, mas podemos senti-lo de várias maneiras. Há quem viva um amor possessivo, egoísta, …

Acabo por aperceber me que o meu amor por ti é completamente desinteressado, é o amor simplesmente pelo amor. E mesmo que não sintas o mesmo, não tenho razão para ficar triste, porque o amor é sempre uma coisa boa. E gosto tanto de ti e vou continuar a gostar ate que a vida assim me permita. Mas mais importante ainda, é o facto de não conseguir explicar porque gosto de ti assim “buesinho”…. Como por várias vezes disse não tem nenhuma razão de ser mas tem todas as razões para existir.
Não digo que por vezes não me sinta em baixo por não sentires o mesmo por mim, mas depois penso: é tão bonito amar assim, amar como eu amo, sem pedir nada em troca.
Dou valor a cada momento que passo na tua companhia...mesmo que seja só isso…

A menina que escrevia histórias...lamexas

Era uma tarde soalheira. Calcorreava caminhos que já conhecia bem. Dirigia-se ao banco habitual, escondido entre as árvores, onde permanecia horas a fio a escrever e sonhar sobre o amor, amor que nunca tinha conhecido.
À medida que avançava para o seu secreto mundo, deparou-se qual personagem saída de um livro, com um rapaz que chorava, exactamente no mesmo local onde tantas vezes chorou com o final feliz das suas histórias.
Aproximou-se, hesitou por instantes pois não sabia como começar um diálogo. Mas nestas alturas é melhor não se dizer nada, passou tanto tempo a escrever sobre o amor que naquele exacto momento apetecia-lhe agir por gestos, não por palavras.
Ajoelhou-se aos pés dele, afastou-lhe as mãos do rosto e secou-lhe a face com as mãos.
Ele ia começar a falar, a falar em quem o tinha magoado…mas ela não deixou e calou-o com um doce beijo…ele não precisou de palavras.

Em suma:
- O amor pode estar ao virar da esquina;
- Um beijo bem sentido dado na altura certa pode mudar muita coisa;
- Devíamos agir mais…

Ou seja, é tudo aquilo que não faço, por isso continuo a escrever…falta coragem talvez. Coragem para te dar aquele beijo…