Wednesday, March 08, 2006

Não...


Não…
Não te espero, não te persigo, nem sequer necessito de te ver…
Vives em mim como em estado latente…
Não te procuro em todos os lugares, não forço para estar perto de ti…

Afinal, a distância entre nós é sempre a mesma…

Wednesday, March 01, 2006

A ti...


Hoje vou beber a ti, beber a mim, beber a nós (nunca houve um nós grita a minha consciência), vou beber-te, beber-te a longos tragos. Vou me encher de ti…pensar-te em cada minuto. Lembrar me de tudo…fechar os olhos e ver-te, ver-me…lembrar-me de tudo, mesmo que sejam pequenos momentos, hoje e especialmente hoje quero recordar-te, viver-te, matar-te, matar-me…morreste-me. Desculpa-me se as palavras saem demasiadamente duras…ou brutas…mas hoje não, hoje não estou com meias palavras…e mesmo as palavras não são suficientes…sabem-me a pouco…tu sabes-me a pouco e sabes-me a tudo e a quase nada.
Vou passar em filme interior todos os teus eus...vou passar em slides todas as imagens do teu aquário, vou ouvir todas as músicas com as quais pensei em ti, todas as que me mandaste. Vou fechar bem as minhas mãos e tentar tactear o pouco que te tacteei. E acima de tudo fechar os olhos e lembrar-me das vezes que te olhei nos olhos e te disse tudo e afinal não disse nada. Vou pensar nas vezes que fui tua amiga, nas vezes que quis ser mais que isso e nada fiz…queria tanto ter tido a coragem para te dar aquele beijo, de modo que ficasses sem fôlego para me deteres. Hoje a minha noite é tua (não que não te pense a todo o instante) mas especialmente hoje a minha noite é tua, hoje tem um gozo especial…dói um bocadinho mais…

Sou tão apaixonada por ti…sim gosto imenso de ti…sim ainda penso em ti…

Continuo a ouvir o “Give me a reason” dos Portishead
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